sábado, 15 de janeiro de 2011

Nossos inimigos dizem... por Bertold Brecht





Nossos inimigos dizem: a luta terminou.
Mas nós dizemos: ela começou.
Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.
Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.

Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgaremos.

É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.

Um comentário:

  1. O Que é Verdadeiro não vai nem volta, permanece.
    Esta é a característica básica, a inverdade é efêmera, seu efeito é passageiro, mas a Verdade é Indestrutível, Inabalável, Perene, pode ficar oculta por algum tempo em forma latente mas a sua manifestação é inevitável, não existe força capaz de detê-la. A verdade é filha do tempo, não da autoridade. Aos que descobriram seu icomensurável valor, não abrem mão e não se afastam jamais dela, ela os recompensa fartamente, pois é muito prazerozo lidar sempre com a Verdade, aqueles que o fazem nunca temem travar qualquer embate, pois não titubeiam, não hesitam, não engasgam nem gaguejam, são assertivos e nunca são surpreendidos em contradição, não são pegos de calças curtas pois a única maneira absolutamente segura de nunca ser desmascarado numa mentira, é nunca mentir. Porém, o cultivo intransigente da Verdade e sua eficaz propagação e divulgação, não isenta da necessária Sabedoria e perspicácia de difundi-la habilmente pelos ouvidos certos e mais eficazes. Como disse Jesus Cristo - a Verdade materializada na carne -, ao enviar seus discípulos em missão de apregoar seus pensamentos em cidades distantes: "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; sedes portanto, espertos como as cobras e puros como as ponbas", como vemos, a própria tática utilizada por Ele já contém o ensinamento que transmite aos discípulos.
    (Mateus 10:16)
    Há um conceito do grego, "parrésia" que significa em essência: "Certa vocação de amor à Verdade, que leva , mesmo ante ao risco iminente da morte certa, afirmar a Verdade desafiando um poder despótico desproporcional". O próprio Jesus Cristo, além de Sócrates e Joana Darc, para citar apenas alguns, são exemplos de sua prática.
    A exigência do Verdadeiro é o que dá sentido à existência humana.
    Robson Lima de Souza

    ResponderExcluir